Será que somos apressados? Ou foi o tempo que parou?
Dra. Juliana Gabriel Uncategorized 0
“Será que somos apressados? Ou foi o tempo que parou?”(*)
Por Juliana Gabriel
Esses dias fui impactada por um anúncio que dizia: “adolescentes estão montando negócios de sucesso com IA e você aí usando só o CHAT GPT… se você não se aprofundar, vai ficar para trás!“…

É claro que esse anúncio era pra me vender um curso para aprender a trabalhar com as várias IAs disponíveis, mas o impacto que ele teve em mim não foi o de despertar o desejo pelo curso e sim entrar em choque.
Em choque ao perceber que a mudança que estamos vivendo por conta dos avanços tecnológicos é muito mais intensa e profunda (e muito mais presente) do que imaginei. Em choque ao pensar e refletir se essas mudanças são somente positivas (cada vez mais acho que não são). Em choque ao me questionar se uma das interações humanas mais precoces, profundas e impactantes na vida (a do professor-aluno) está com os dias contados…
Mas espera…
Porém, ao mesmo tempo, tenho visto muitos (MUITOS) conteúdos de pessoas cansadas das redes sociais, da hiperconectividade dessa era de hipertecnologia e da falsidade de muitas publicações feitas por IA, ansiando por um contato humano mais verdadeiro.

Uma postagem recente do perfil @carvalhando fala justamente dessa fadiga de rede social. Memes sobre fadiga digital se multiplicam. Me chamou atenção uma postagem recente do @thesummerhunter falando do retorno do agente de viagens, que volta a crescer por causa do excesso de informação e automatização do universo do turismo. E a página do @correjunto.br fez uma postagem sobre a “La Mision”, que hoje se tornou a principal prova de Trail Running (corrida de trilha) no Brasil justamente porque se posicionou na parte mais humana da corrida: a superação pessoal, o toque humano (como o cafezinho passado na hora), o “esquece o pace e vem curtir a montanha”.





Esses exemplos, de páginas diferentes e nichos diferentes mostram que talvez a gente não esteja “ficando para trás” se não estiver atualizado com as últimas tendências da IA. Talvez o que esteja ficando para trás é essa ideia de que temos que ser os Jetsons e viver ultraconectados. Talvez o que esteja ficando para trás é essa mentira que nos contaram de que mais é melhor. Talvez estejamos todos (ou pelo menos alguns) ficando chocados coletivamente com a velocidade do mundo.
E esses alguns (como eu e a minha “Tribu”) não sabíamos para onde ir. Porque depois da pandemia, quando o aumento do uso de plataformas digitais nos fez perceber que podemos nos conectar com pessoas próximas em valores mas distantes geograficamente, a gente entendeu que dá SIM pra fazer um bom uso da tecnologia… mas que dentro de plataformas tradicionais, que só visam o lucro, isso talvez não seja mais possível.
E então, para onde ir?
Foi justamente por isso que criamos a nossa comunidade. A nossa rede social, sem ruídos e sem anúncios. Um lugar pra gente descansar e se conectar. Um lugar pra gente aprender, sem pressa.
E eu acredito muito (MUITO) nesse projeto.
E toda a minha equipe também. Tanto que o Breno (que é o responsável pelas nossas artes nas redes, que fez a arte do nosso livro “fazendo as pazes com o doce” e que é completamente alinhado com os nossos valores e as nossas causas) resolveu dar as caras por aqui – não como “o marketing da Tribu”, mas como o ser humano maravilhoso que ele é.
Então, nesse jornalzinho de Junho teremos 2 editoriais – o meu e o dele.
Vem conhecer um pouquinho desse nosso parceiro e amigo querido no próximo texto.
E, se você sentir no coração, vem com a gente fazer parte da Comunidade Tribu. É gratuita e feita por pessoas, SEM I.A. e com muito amor!
Um grande abraço apertado (virtual mas verdadeiro),
Dra. Ju 🙂

P.s.: eu sempre amei usar travessões no meu texto e agora não posso mais, pois virou sinal de texto feito por IA. Estou muito brava! Me roubaram até o travessão! |
Clique na imagem acima para entrar na nossa comunidade (é gratuito!)