Especial Dia das Mães: Fazer ‘dieta’ não precisa ser caro! [O tema deste post foi minha mãe quem escolheu! :) ]
Ontem estava vivendo um momento de “bloqueio criativo” e resolvi recorrer à minha leitora mais assídua e principal fã: minha mãe! Pedi a ela uma sugestão de tema para o post de hoje e ela prontamente me apresentou uma idéia linda: “fazer dieta não precisa ser caro”.
Então, meu bloqueio criativo se desfez e, graças à minha musa inspiradora, hoje vou falar um pouquinho sobre a questão que atormenta muita gente, principalmente em tempos de crise: o custo dos alimentos “de dieta”. E de quebra, uma homenagem a minha e a todas as mães.
Nosso hábito alimentar tem uma forte influência das nossas raízes e daquilo que aprendemos com nossas mães.
Minha mãe viveu a infância numa casa que tinha muita fruta no pé e galinhas correndo soltas no quintal. Talvez por isso (e por nunca ter tido condições financeiras abundantes), a alimentação básica da cultura dela e de toda a minha família era voltada para alimentos naturais, de preferência que davam no quintal. Em uma família de 5 irmãos, só conseguia comer fruta quem subia na árvore mais rapidamente. Ela e meus tios disputavam fruta a fruta e talvez por isso, até hoje nosso hábito é de comer frutas quase verdes (quem disse que criança aguenta esperar a fruta ficar madura?). 🙂
Minha mãe é daquelas que sempre deixou uma bacia de alface lavada em cima da mesa pra gente beliscar e aguentar “esperar o almoço ficar pronto”. Na nossa casa, petisco sempre foi cenoura, pepino e pimentão verde crus (que a gente comia revezando com o alface, na bacia). Além da ascendência libanesa (o Homus da minha mãe é de comer de joelhos e já compartilhei a receita dele aqui no blog – ver aqui), comida na nossa casa sempre foi arroz e feijão e ensopadinho de legumes. Minha mãe ensinou pra gente o que é comida de verdade e talvez por isso eu tenha tanta fascinação por alimentos naturais e tempero com gosto de “comida de vó”.
Quando comecei minha carreira, ouvia muito nos atendimentos (principalmente do SUS) que a pessoa não conseguia fazer dieta porque “não tinha dinheiro pra comprar os alimentos saudáveis”. E aquilo me causava um estranhamento pois tudo o que eu vivi na minha família e tudo o que eu aprendi na minha formação profissional dizia o que a minha mãe sempre me ensinou: a melhor comida do mundo é aquela que a terra dá pra gente.
O que a terra dá nunca vai ter açúcar em excesso, nem gordura em excesso, nem sódio em excesso. O que a terra dá é sempre rico em fibras, minerais e vitaminas. O que a terra dá não tem ingredientes ocultos, nem corantes, nem conservantes e nem realçadores de sabor. O que a terra nos dá geralmente custa pouco e muitas vezes não custa nada! O que a terra nos dá é saudável, nutritivo e cheinho de amor!!!! Assim como comida de mãe!
Por isso, quando estivermos pensando em reeducação alimentar, deveríamos seguir essa receita de mãe: comida caseira, natural, de preferência plantada no quintal!
Dieta não precisa (e não tem que) ser cara!!!
Então compartilho com vocês essas dicas, inspiradas e aprendidas com a minha querida mamãe:
- A melhor ‘dieta’ do mundo é comer aquela comida que seus bisavós comiam. De preferência, preparadas com muito amor!
- Deixe de lado os temperos industrializados: plante seus temperos no quintal!
- E, dependendo de onde você mora, faça uma horta coletiva ou promova “escambo” de ervas e temperos com os vizinhos! Além de economizar, aumenta o nível de doação de amor para o mundo!
- Alho e cebola são seus maiores aliados.
- Troque o mercado pela feira (e pelo “Mercadão”) sempre que possível;
- O melhor suco que tem é aquele espremido na hora;
- Um limão custa centavos e dá dois copos de “refresco” cheios de vitamina C. Se fizer misturado com hortelã ou cidreira, nem precisa por açúcar. Abandone os refrigerantes e os sucos de caixinha!
- Os chás são ótimas alternativas aos sucos e com quase nada de calorias.
- Um chá gelado de cidreira com casca de laranja tem custo praticamente zero (pricipalmente se a cidreira é plantada no quintal), calorias praticamente zero, sabor a mil e amor a mil.
- Adoce sua vida com um sorriso, não com açúcar (nem tampouco adoçante).
- Reaprenda o sabor verdadeiro dos alimentos, sem excesso de molhos e temperos industrializados. E coma cru, sempre que possível.
- Faça mais coisas a pé, use menos utensílios eletrônicos. Movimente mais a sua vida.
- Ajude o outro. Trabalhos sociais trazem muito benefício para a sociedade mas o maior beneficiado é quem doa. A sensação de alegria e de amor genuíno acabam com qualquer ansiedade e vontade de beliscar.
- E essa última dica é muito ‘a cara’ da minha mãe: “não se aperreie”! Leve a vida leve!
Termino esse post homenageando a minha querida mãezinha e através dela, fazendo uma uma homenagem a todas aquelas que foram as nossas primeiras professoras, amigas, conselheiras, nutricionistas, consultoras e muito mais!
Mãe, te amo muito! Obrigada por tudo o que você me ensinou!!!!
Uma ótima semana a todos e aproveitem bastante suas mamães!!!
Regina Paranhos
15/05/2017 @ 18:21
Falou tudo, minha doutora! Tento sempre fazer isso. Bjs
drajulianagabriel
21/05/2017 @ 10:18
Eu sei disso, minha querida!!!! Beijão!