Como ter uma prática humanitária?
A live de ontem foi tão rica que passei a noite com várias ideias na cabeça. Queria compartilhar com vocês uma das reflexões que tive.
Eu sempre tive vontade de fazer um trabalho humanitário tipo “médicos sem fronteiras” ou “voluntários do sertão”, desde que era aluna de medicina. Mas a vida foi seguindo outros rumos e acabei nunca fazendo isso. E essa foi uma frustração que sempre carreguei comigo.
Depois da live de ontem, uma amiga que trabalha com direitos humanos veio parabenizar pela live, dizendo que muitos dos refugiados que ela atende foram expulsos de seus países por serem trans. E então caiu a ficha.
A gente não precisa estar no “médicos sem fronteiras” para praticar uma medicina humanitária. Foi como o Dr. João disse ontem: podemos sim ajudar quem está na Etiópia , mas por que não começar “dentro de casa”? No nosso próprio bairro ou cidade?
Tem tanta gente precisando de nós! (De TODES nós, profissionais de saúde ou não!). E sim, cada passo importa. Cada coração sensibilizado, cada pequena ajuda somada com muitas outras pequenas ajudas fazem uma grande diferença.
E então me senti em paz. Nunca fui voluntária do médicos sem fronteiras, mas pratico uma medicina humanitária todos os dias. Em cada atendimento a uma pessoa trans, intersexo, com alguma patologia genética ou rara, câncer e até mesmo aquelas pessoas com doenças comuns que estão em sofrimento. Sim, isso também é medicina humanitária.
E então liberei esse peso do meu coração. Não preciso estar nos Confins do mundo para fazer a minha parte. Posso fazer aqui e agora. E se eu posso, você também pode!
O que você pode fazer HOJE para aliviar o sofrimento de alguém?
Coloca sua reflexão aqui nos comentários! Vou amar ouvir você!